A propósito da nota “Lampião Mata Sete” publicada neste espaço, citando que um comitiva feirense estaria indo à capital sergipana
para protestar contra a liberação do livro citado, de autoria do juiz
aposentado Pedro Moraes, o delegado de policia de Sergipe, também aposentado,
Arquimedes Marques, e autor do livro “Lampião contra o Mata Sete”, que
contesta a obra do juiz, enviou correspondência que esta em nosso poder,
considerando o livro de Pedro Moraes “igual a um castelo de areia na beira do
mar que logo será consumido pela água de volta, destruído por completo pois
as suas alegações, sem prova alguma, mesmo indícios, não existem. Tudo
fictício, fruto da sua imaginação, assim não se sustenta por muito tempo”.
O delegado relata que é pesquisador e estudioso do cangaço e conselheiro do Movimento Cariri Cangaço “maior evento do mundo sobre o assunto que é realizado anualmente por seis dias consecutivos na região do Cariri cearense”. Arquimedes Marques considera que o livro do juiz Pedro Moraes vilipendia a história do cangaço e rebate o autor quando ele diz que fez pesquisas e garante que “suas pesquisas restam chinfrins”. Dentre outros detalhes o delegado sergipano observa que o autor do livro Lampião Mata Sete e o prefaciador “se debatem em tantas situações contrárias”.
Arquimedes Marques diz que o “livro vai de encontro a mais de 800
títulos escritos, alguns deles desde a época do cangaço, na efervescência das
guerras, em que os pobres sertanejos tanto sofriam e rogavam pelo fim de
Lampião, ou pós-era, baseados nas tanta entrevistas com inúmeros remanescentes
do cangaço”. E questiona: “Seriam todos esses historiadores perfeitos
idiotas ou exímios enganadores?” Conclui dizendo que o livro do
juiz aposentado Pedro Moraes “é fraco e todos os sentidos pois ele troca
datas dos acontecimentos, nomes, lugares, enfim comprova que do tema Cangaço
ele não entende nada!”.
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