sexta-feira, 24 de outubro de 2014

“Lampião Mata Sete”

A propósito da nota “Lampião Mata Sete” publicada neste espaço, citando que um comitiva feirense estaria indo à capital sergipana para protestar contra a liberação do livro citado, de autoria do juiz aposentado Pedro Moraes, o delegado de policia de Sergipe, também aposentado, Arquimedes Marques,  e autor do livro “Lampião contra o Mata Sete”, que contesta a obra do juiz, enviou correspondência que esta em nosso poder, considerando o livro de Pedro Moraes “igual a um castelo de areia na beira do mar que logo será  consumido pela água de volta, destruído por completo  pois as suas alegações, sem prova alguma, mesmo indícios, não existem. Tudo fictício, fruto da sua imaginação, assim não se sustenta por muito tempo”.

O delegado relata que é pesquisador e estudioso do cangaço e conselheiro do Movimento Cariri Cangaço “maior evento do  mundo sobre o assunto   que é realizado anualmente por seis dias consecutivos  na região do Cariri cearense”.  Arquimedes Marques considera que o livro do juiz Pedro Moraes vilipendia a história do cangaço e rebate o autor quando ele diz que fez pesquisas e garante que “suas pesquisas restam chinfrins”. Dentre outros detalhes o delegado sergipano observa que o autor do livro Lampião Mata Sete e o prefaciador “se debatem em tantas situações contrárias”.

 Arquimedes Marques diz que o “livro vai de encontro a mais de 800 títulos escritos, alguns deles desde a época do cangaço, na efervescência das guerras, em que os pobres sertanejos tanto sofriam  e rogavam pelo fim de Lampião, ou pós-era, baseados nas tanta entrevistas com  inúmeros remanescentes do cangaço”.  E questiona: “Seriam todos esses historiadores perfeitos idiotas  ou exímios enganadores?”  Conclui dizendo que o livro do juiz aposentado Pedro Moraes “é fraco e todos os sentidos  pois ele troca datas dos acontecimentos, nomes, lugares, enfim comprova que do tema Cangaço ele não entende nada!”.


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