sexta-feira, 13 de novembro de 2015

O Nome da Sorte


Por  Alberto Peixoto

Diante das dificuldades da vida atual, grande parte dos casais que gerassem um filho, com certeza colocaria um nome que lhe desse a mínima esperança de que atraísse muita sorte para a criança. Geralmente, quem pensa desta forma, costuma colocar nomes exóticos ou oriundos da união do nome do pai com o da mãe, como por exemplo: Carlângela – união de Carlos com Ângela, etc.

 Com certeza o nome mais adotado seria Kadu, e para reforçar a possibilidade de ter muita sorte o sobrenome seria Cunha, que para os amigos mais próximos teria como cognome, Cunhão. Certamente esta criança quando atingisse a idade adulta, não teria problemas financeiros e deveria sem dúvida ingressar na política onde, com certeza, faria seu “pé de meia”. Teria contas na Suíça e por ser uma pessoa de “muita sorte”, alguém ou alguma empresa de Trust, administraria seus bens sem que fosse preciso sequer, assumir que era dono desta fortuna e muito menos informar na sua declaração do Imposto de Renda.

 Em pouco tempo Cunhão - por ser portador de uma “sorte” incrível - se tornaria pastor Evangélico e, além dos seus dividendos aplicados no exterior - digo, daqueles que “pertencem ao Trust e não a ele” - haveria também o “dizimão” onde todo dinheiro arrecadado seria em nome do Senhor e não do astuto Cunhão. 

Sua esposa, certamente uma pessoa muito hábil - desposar Cunhão não pode ser para qualquer mulher - tomaria aulas de um destes esportes caríssimos. De maneira evidente, ela escolheria um esporte que requer muita dinâmica e que a possibilitasse “aplicar” também no exterior.

 Como político, Cunhão chegaria muito fácil à Presidência da Câmara dos Deputados, se aproveitando do cinismo do seu nome, enganando os brasileiros, que na sua grande maioria são analfabetos funcionais. Seria necessário ter muito cuidado com o Cunhão, porque ele tem mania de entrar onde não é chamado com a maior cara de pau.

 E se um dia ele fosse denunciado? Bobagem. Por ser uma pessoa que no passado viveu na "dureza", sem dinheiro, ele poderia dizer que toda fortuna acumulada não era dele ou foi fruto de trabalho árduo. E se ele fosse destituído do cargo e preso? Então, todos gostariam de ver como o “nobre Cunhão” se sairia desta, mesmo sabendo que muitos caras de pau iriam inocentá-lo.

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