A segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa 2015 começou neste domingo (1º) e vai até o dia 30. Precisam ser vacinados 4.208.456 bovinos e bubalinos com idade até 24 meses em toda a Bahia. A meta da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), é ampliar a cobertura vacinal, mantendo a imunidade elevada do maior rebanho do Nordeste. Embora o estado esteja livre da doença, sempre existe o risco da reintrodução da febre aftosa.
Nesta etapa, cerca de 6,5 milhões das 10.521.140 cabeças com idade superior a 24 meses ficam isentas de serem vacinadas. Isso representa uma redução direta da ordem de mais de R$ 15 milhões para os criadores nos custos de produção. No prazo de 15 dias após a aplicação da vacina, os criadores devem comparecer nas unidades da Adab, munidos da nota fiscal de compra, para declarar todo o rebanho de bovinos e bubalinos, por sexo e faixa etária.
Os produtores que não possuem animais nesta faixa etária (isentos da vacinação) também estão obrigados a declarar e atualizar todo o rebanho bovídeo, incluindo as outras espécies (caprinos, ovinos, equídeos, aves, peixes, entre outras que estejam criando), evitando desta maneira sanções administrativas previstas em lei.
Zona livre de aftosa
Para o coordenador do Programa de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa da Adab, Antônio Maia, apesar de a Bahia ser certificada internacionalmente como Livre de Febre Aftosa com Vacinação desde 2001, os criadores não podem baixar a guarda. "O risco de reintrodução da doença ainda existe, embora pequeno e devidamente monitorado pela Adab e pelo Ministério da Agricultura (Mapa)", afirma o coordenador.
O diretor-geral da Agência, Oziel Oliveira, ressalta que o retorno da doença seria catastrófico para a Bahia e para o País, derrubando os preços da arroba do boi, do leite e das demais atividades agropecuárias, gerando desemprego, além de bloquear o comércio interno e externo, não apenas de animais e produtos de origem animal, mas também da produção agrícola do estado.
“A Bahia teve o último foco de aftosa em 1997, e não podemos deixar que ocorra novamente. É imprescindível que todos os produtores vacinem seus bovinos e bubalinos nesta faixa etária e declare em uma das unidades da Adab, sem deixar para a última hora, o que evita também alguns transtornos nos escritórios da Agência”, diz Oziel.
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