Com previsão de gerar mais de 60 mil empregos e investir R$ 7 bilhões no país, o Conselho de Administração da Anheuser-Busch InBev (AB InBev), empresa da qual a AmBev faz parte, realizou nesta quinta-feira (27), na sede da companhia de bebidas das Américas, localizado em Valéria, uma reunião que teve como convidado o governador Jaques Wagner.
De acordo com o vice-presidente de Relações Corporativas da AmBev para América Latina, Milton Seligman, o evento global acontece uma vez por ano no Brasil, em diferentes regiões. A escolha pelo estado da Bahia e do governador para ministrar a palestra sobre “Nova realidade brasileira e os novos governos federais e estaduais” está relacionada ao crescimento econômico do Nordeste e, em particular, da Bahia.
“A região tem apresentado taxas de crescimento bastante superior à média brasileira, quase comparadas a índices chineses. Isso atrai a atenção de todas as companhias, porque esse dado implica em aumento da nossa atividade, em maiores investimentos, maior geração de emprego e consumo. Enfim, desafios produtivos de uma atividade pujante”, explica o representante da AmBev.
A adoção de mecanismos de controle à inflação, a concepção de responsabilidade fiscal e a continuidade de um modelo econômico como medidas que fizeram o Brasil sair mais rapidamente da crise econômica de 2008 foram destacados por Jaques Wagner. O governador enumerou os avanços de 25 anos de democracia sem interrupção, como as 29 milhões de pessoas que saíram da pobreza, e passaram para classe D e E. Além da inserção de 35 milhões de brasileiros na classe C. Ele ressaltou que a previsão é de que até 2014 sejam incorporados mais 18 milhões de brasileiros nesta classe.
Números do Brasil e da Bahia
Segundo informações do governo estadual, a indústria de alimentos e bebidas cresceu acima da média nordestina e brasileira. De acordo com o governador, pela primeira vez, nos últimos 20 anos, há um movimento migratório ao contrário, que sempre foi de saída da população para o sul e sudeste em busca de trabalho. “De dois anos pra cá, o movimento é positivo no sentido do retorno. Tem mais gente voltando do que saindo”.
De 2003 a 2009, foram criados 15 milhões de empregos no Brasil. Nos últimos quatro anos, o estado gerou 300 mil empregos. Em 2003, a classe média cresceu dos 66 milhões para 95 milhões. E a projeção é que haja um crescimento para 113 milhões. “Estamos promovendo uma mobilidade social. Quem foi considerado um dia miserável galga hoje posições nas classes D e E. Estes, por sua vez, foram para C e assim sucessivamente”.
O governador afirmou que esse movimento é reflexo da geração de emprego, inclusão produtiva, do empreendedorismo, dos programas sociais de transferências de renda e dos investimentos públicos.
Na Bahia, a classe C, estimada em 20 milhões, teve um aumento de 33 milhões de pessoas em oito anos. Enquanto a região nordeste teve um crescimento, nos últimos oito anos, de 25,8%. Com orçamento anual de R$ 22 bilhões, a maior economia do Nordeste, com 14 milhões de habitantes, distribuídos pelos 570 mil quilômetros quadrados de território, registrou um índice de 28,9%.
“Somos aproximadamente 4,5% do PIB nacional, com uma economia diversificada, que vai desde agricultura familiar até tecnologia. Temos o maior polo integrado de Camaçari, somos o segundo maior produtor de algodão do Brasil, quarto produtor de soja e vamos ser a maior bacia leiteira do mundo”, acrescentou Wagner.
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