Carta de um Brasileiro: Mais de 1,4 mil km a pé para encontrar a presidenta Dilma

Qual a distância que você percorreria e quanto tempo se dedicaria em busca de um grande sonho? O professor paulistano Backer Ribeiro não se intimidou com o desafio que se propôs para realizar o seu: andar mais de 1,4 mil quilômetros, durante um mês e meio, para conhecer a presidenta Dilma Rousseff e entregar uma carta escrita a várias mãos a ela. Ele saiu de São Paulo (SP) no dia 21 de novembro de 2010 rumo a Brasília (DF) para entregar uma carta escrita a partir de pedidos e depoimentos que foi colhendo ao longo do caminho. Seu feito será retratado no documentário Carta de um Brasileiro, resultado de um projeto iniciado há dois anos.

Backer chegou a Brasília (DF) no dia 30, às vésperas da posse da presidenta Dilma. Seu encontro com ela só acontecerá na próxima semana e, enquanto isso, ele tem frequentado algumas cerimônias de transmissão de cargo nos ministérios. Na conversa que tivemos com ele semana passada, o professor nos explicou que o motivo do seu empenho e esforço é levar à presidenta um pouco dos sonhos e anseios da população brasileira, que ainda sofre com a pobreza, a falta de oportunidades e a desigualdade social.

“A gente tem uma grande conclusão desse trabalho todo: o brasileiro tem uma grande esperança no governo da presidenta Dilma, primeira mulher.”

Após 45 dias de caminhada, Backer chegou a Brasília e conseguiu assistir de perto a posse da nova presidenta e a despedida do ex-presidente Lula. Para ele, esse foi um dos momentos de maior emoção de toda a viagem. Mas o projeto só terá uma conclusão quando entregar nas mãos de Dilma a carta, que traz pedidos por mais investimentos em saúde, educação, segurança pública, emprego e renda. É por elas e para elas, disse o professor, que esse encontro será tão importante. E qual o pedido do professor?

“Vou pedir para que ela olhe para o desenvolvimento social, para que não use o crescimento econômico como o único critério para se medir desenvolvimento do nosso país (…). Não se trata de pobreza, trata-se de riqueza, de o rico ficar menos rico e de o pobre ficar mais rico.”

Fonte: Blog do Planalto