Fonte/ G1
O governo federal publicou na edição de ontem quarta-feira (19) do "Diário Oficial da União" a exoneração de Colbert Martins da Silva Filho do cargo de Secretário Nacional de Programas de Desenvolvimento do Ministério do Turismo. No fim de agosto, Colbert Martins foi denunciado pelo Ministério Público Federal do Amapá por desvio de verbas no Ministério do Turismo.
Colbert Martins, que é ex-deputado federal pelo PMDB-BA, foi preso durante a Operação Voucher da Polícia Federal, que deflagrou em 9 de agosto uma ação para dissolver um suposto esquema no Ministério do Turismo que envolvia entidades privadas. Na ocasião, 38 mandados de prisão foram expedidos, mas todos os detidos acabaram soltos dias depois.
Conforme a assessoria de imprensa do Ministério do Turismo, Colbert Martins estava afastado da função desde a operação da PF. A exoneração foi publicada mais de dois meses depois do início das denúncias e é assinada pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
A assessoria diz não ter informações sobre se foram constatadas irregularidades por parte de Colbert Martins.
Investigação da PF
A Operação Voucher cumpriu mandados de prisão em Brasília, São Paulo, Macapá e Curitiba.
Segundo a PF, as investigações se iniciaram em abril deste ano, a partir de levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU), que identificou irregularidades em um convênio de R$ 4,445 milhões entre o ministério e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), uma organização sem fins lucrativos. A finalidade do convênio era qualificar 1,9 mil profissionais de turismo no Amapá.
De acordo com a PF, o dinheiro era repassado pelo Ibrasi a empresas de fachada. A PF também diz ter identificado direcionamento de contratações a empresas que fariam parte do suposto esquema de desvio; ausência de preços de referência; não execução ou execução parcial de serviços; pagamentos antecipados; fraudes nos comprovantes de despesas; e falhas na fiscalização do convênio.
Dos R$ 4,445 milhões do contrato, a PF estimou que dois terços do valor (quase R$ 3 milhões) tenham sido desviados.
Dentre os presos na operação, está o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, que, depois do ministro Pedro Novais, ocupava o cargo mais importante da pasta. Tanto Frederico quando Pedro Novais acabaram deixando seus postos na pasta após as denúncias.
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