terça-feira, 16 de dezembro de 2014

BRT não se resume ao centro, explica engenheiro durante audiência pública

O sistema BRT (sigla inglesa para Transporte Rápido por Ônibus), que será implantado em Feira de Santana, não se resume apenas aos corredores exclusivos de ônibus nas avenidas Getulio Vargas e João Durval Carneiro. O esclarecimento foi feito pelo engenheiro Marco Antônio Diniz, diretor da empresa Prisma Engenharia, que elaborou toda logística de viabilização do projeto, durante audiência pública realizada na tarde desta segunda-feira, 15, no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (Acefs).

 “As pessoas estão pensando só nas obras do centro, porém, o BRT é um sistema maior. Haverá linhas alimentadoras para os troncais, com o modal escolhido de acordo com a demanda de cada bairro”, frisou. Em uma explanação que durou cerca de duas horas, o engenheiro esclareceu várias dúvidas da população sobre a implantação de todo o sistema.

 “Estamos tratando de dinheiro público e não podemos nos basear em ‘achismos’. Tudo foi feito através de dados e pesquisas. A finalidade é melhorar e modernizar o transporte público da cidade, dando mais conforto aos usuários do sistema”, destacou Marco Antônio.

 Um ponto bastante indagado pelos presentes foi a atualização do Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM) para a implantação do BRT. O secretário de Planejamento, Carlos Brito, explicou a situação. “Antes do final de janeiro estaremos preparando a licitação para contratação de empresa para desenvolver o plano. Mas, isso não impede a implantação do sistema de transporte. Ele está dentro da Lei de Uso do Solo”.

 Cada representante de entidades e demais pessoas tiveram a oportunidade de fazer suas indagações, utilizando tanto o instrumento do microfone – com a palavra sendo franqueada em três minutos – ou através com perguntas escritas em papel distribuídos no inicio da audiência. A atitude foi elogiada pelos representantes dos ministérios públicos, Federal e Estadual.

 “Foi franqueada a voz para a população. Sendo assim, podendo debater, colocar as situações, fazer críticas e sugestões, criando espaço para o debate em torno desse projeto. Isso é importante, pois a população será a maior afetada com esse projeto”, ressaltou o procurador da república, Kleiton Santos.

 A promotora de Meio Ambiente, Karinny Oliveira Guedes, afirmou que esse é o momento de verificação das informações. “Foi relevante para colher elementos, tanto propostos pelo Governo Municipal, quanto pela população. Vamos analisar as informações e depois emitir um parecer sobre a situação”. Ela também destacou que a Prefeitura deve analisar todas as sugestões propostas e acatar ou afastar trazendo argumentos técnicos.

 Na próxima quarta-feira, 17, haverá mais uma audiência sobre o assunto. Ela será realizada a partir das 14h30, no mesmo local. Desta vez, o engenheiro de tráfego que foi contratado para realizar os estudos, fará suas justificativas técnicas do projeto.

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