segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Padreco e Miracy, uma dupla que encanta no Musical Asa Branca
Miracy Barreto nasceu em Salvador e chegou a Feira de Santana em 1960, casada e com filhos. Ela era, na plenitude da palavra, Dona de Casa, totalmente dedicada a cuidar do lar, do marido e dos filhos. Ela sempre gostou de cantar, mas só fazia isso em casa, nunca encarou um microfone, uma platéia. Todos os seus irmãos cantavam ou tocavam algum instrumento. Segundo ela, aos oito anos formava dupla com um irmão de cinco anos, que era a atração da casa quando chegavam visitas.
Mas era só isso. Nunca cantou, nem de forma amadora, fora de casa. Só por volta de 1999, a partir da criação da Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI), pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), foi que ela começou a cantar em público.
Por aquele tempo ela já estava separada do marido e conheceu Padreco, que foi quem a levou pela primeira vez a uma seresta no Bengu’s Bar, onde até hoje ela canta e encanta as platéias. Dona de uma voz impar, muito simpática e extrovertida, Mira, como é chamada pelos amigos, diz que a música faz parte da sua vida. “Eu acho que o mundo sem a música seria um caos”, diz ela.
Quando completou 80 anos, Mira gravou um CD ao vivo, na seresta do Bengu’s Bar, que ela distribuiu com os amigos. “É um CD comemorativo dos meus 80 anos e também uma forma de homenagear o Bengu’s Bar que foi o primeiro lugar onde cantei em público e que até hoje eu freqüento e canto para os meus amigos”, diz ela.
Padreco
Se alguém perguntar por Ailton de Oliveira Lopes, ninguém saberá dizer quem é, exceto os parentes. Mas, Padreco, todo mundo sabe quem é. Ele é feirense, tem 75 anos, e nasceu numa fazenda onde hoje se localiza o distrito de Humildes. O apelido foi dado ainda na adolescência, no colégio Salesiano, de Salvador, quando deu uma bofetada num padre que teria procurado licenciosidades com ele. Depois disso, foi transferido para o colégio Maristas, também dirigido por padres, Não aceitando receber como castigo uma surra com vara de bambu, tomou a vara do padre e o agrediu. Foi expulso do colégio.
Depois disso Padreco voltou para Feira de Santana e estudou na antiga Escola Normal, onde hoje é o Centro Universitário de Cultura e Arte. Entrou para o antigo DNER (hoje DNIT) e correu esse Brasil quase todo, inclusive trabalhou na construção da Transamazônica. Quem olha o tipo franzino de baixa estatura, não pode avaliar o potencial de Padreco como lutador, inclusive de Capoeira. Também é atirador de primeira, já tendo sido convocado para servir como segurança de figurões como o Coronel PM Luiz Artur e o Ministro Mário Andreazza.
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