Para dar a assistência necessária aos portadores da anemia falciforme no estado, a Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) dispõe de uma equipe de hematologistas, responsáveis pela realização do tratamento e o acompanhamento, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Por ser mais comum em afrodescendentes, na quinta-feira (20), dia da Consciência Negra, das 8h ao meio-dia, a Hemoba, por meio da Coordenação Ambulatorial de Farmácia, realiza o ‘Seminário sobre Doença Falciforme’.
A doença falciforme é uma patologia hereditária caracterizada pela alteração de glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. Dores nas articulações e infecções respiratórias frequentes são alguns sintomas da doença. O seminário que será realizado pela Hemoba é direcionado aos familiares e portadores da doença, além de interessados em saber mais sobre o assunto, e o objetivo é fortalecer os vínculos com os pacientes atendidos na fundação e esclarecer sobre os aspectos da doença. Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone (71) 3116-5603.
Identificação da doença
Cerca de 4,2 mil pacientes (50% são crianças) vão ao Hemoba, em Salvador, para fazer o tratamento. A principal forma de diagnosticar a doença é o ‘teste do pezinho’, realizado nos primeiros dias de vida do indivíduo. A outra forma é a eletroforese de hemoglobina. Ambos os métodos são disponibilizados pelo SUS. Além da Hemoba, dois centros estão aptos a receber pacientes com a doença falciforme no estado, são eles a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), onde é realizado o ‘teste do pezinho’ e o Hospital das Clínicas, que além das crianças, também atende os adultos portadores da enfermidade.
A coordenadora do tratamento para a doença falciforme na Hemoba, Larissa Rocha, observou que nem sempre é possível detectar a doença nos recém nascidos. “Algumas pessoas podem não apresentar sintomas frequentes. Já outras, têm sintomas mais intensos, inclusive, necessitando de internamento para tratar de infecções e crises de dores, que são as características mais frequentes da doença”.
Formas de tratamento
Larissa, que é hematologista pediátrica, explicou que a utilização de medicamentos específicos, como ácido fólico e penicilina profilática, além de vacinas, estão entre as formas de tratamento e também são disponibilizados pelo SUS. Estima-se que, na Bahia, 1 a cada 650 nascidos vivos sejam portadores da doença falciforme. A alta incidência se deve ao fato da patologia ser mais comum entre a população negra. Porém, em virtude da miscigenação histórica, também pode ocorrer em pessoas pardas ou brancas.
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