sexta-feira, 15 de abril de 2011

O Japão e o seu Tsunami financeiro


Crise economica


Por Alberto Peixoto.

É do conhecimento da comunidade financeira, que a posição do Japão, no mercado globalizado, é a de um país extremamente dependente das exportações, o que nos leva a concluir que a interrupção da cadeia de abastecimento e a derrocada do consumo causado pelo terremoto seguido de tsunami, vão causar um grande impacto na sua economia e, principalmente, na União Européia.
Haverá ainda, maiores perdas se a radioatividade que se espalhou por quase toda a região, provocar a interrupção ainda maior da cadeia de abastecimento, prejudicando não somente ao próprio país como ao seu principal importador, a China.
Caso uma crise de maiores proporções ocorra, o principal país a ser atingido e prejudicado, será o próprio Japão que vive da exportação dos seus produtos, sendo suas empresas as primeiras a sentirem os efeitos nefastos da crise. Conforme análises de alguns especialistas em comércio exterior, a radiação preocupa muito mais do que a possibilidade de uma crise econômica globalizada.
A Economia brasileira neste contesto.
Podemos dizer que economia é o estudo da relação entre a produção de bens e serviços, na busca pela satisfação das necessidades e desejos do ser humano. Também podemos afirmar que o consumo é a sua mola mestra, meio de desenvolvimento do mercado.
As nossas exportações estão sendo o maior sucesso da época. Estão, a cada dia, mais bem sucedidas com excelentes superávits, quebrando recordes mês a mês. O PIB de 2010 chegou à casa dos 7.5%, o real está valorizado no mercado internacional, fomos um dos poucos países que tiveram uma performance excelente na última crise mundial, por conta do equilíbrio da nossa economia.
O desempenho da Petrobrás no mercado internacional é excelente e, em médio prazo, poderemos contar com os benefícios do Pré sal; a BRF – Brasil Foods, Holding que administra o grupo Perdigão/Sadia – é a terceira empresa de congelados do mundo, exportando para diversos países não só da América Latina, como EEUU e Europa. Nossa economia está fortalecida, portanto não corremos grandes riscos, desde que mantida sobre controle.
Segundo o economista Paulo Eduardo Vilchez, existem duas economias: a economia dos desejos e a das necessidades. No Brasil ambas estão bem, graças a política financeira desenvolvida pelo governo nos últimos 8 anos. Atualmente a mesa do brasileiro de classe “C” está mais farta, a classe “D”, no último final de ano, bateu recordes em compra de “passagens aéreas” e de eletro-eletrônicos; a venda de veículos, no último ano foi “excelente”; vestuário, laser, entre tantos outros exemplos que poderia dar. O poder aquisitivo do brasileiro aumentou significativamente.
O Brasil e o Tsunami financeiro
O Brasil está preparado não só para as “marolinhas”, como para qualquer “Tsunami Financeiro”.
Houve perda de exportação para o Japão o que causou um impacto razoável, mas nada de tão preocupante. Os maiores exportadores de produtos brasileiros são o Canadá e os Estados Unidos, seguidos da União Européia com 21%, os países do Mercosul são responsáveis por 20% das exportações brasileiras e os demais países da A. L., 16%.
O recuo dos investidores brasileiro na bolsa de Tókio é normal, não devendo assustar o mercado financeiro. É fato, que diante de uma situação de riscos, a tendência é de retração nos investimentos. Em um momento tão desastroso, em todos os sentidos, o investidor prefere esperar a poeira assentar, garantindo seus possíveis lucros e defendendo prováveis perdas. Neste momento há também, as “atitudes especulativas”. É só uma situação circunstancial, que não ameaça a economia brasileira.

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