sexta-feira, 26 de agosto de 2011
4ª FEIRA DO LIVRO
Evento idealizado e organizado pela quase sempre ausente Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS - ausente por virar as costas para a cidade que a recebeu, por se isolar com seus doutos em casulos científicos (sic), que a comunidade do povo sempre desconhece. Veneno à parte, quando se mostra a cara temos que reconhecer o valor de eventos como foi o caso da Quarta feira do livro.
Feira de relevância para qualquer cidade, a Feira do Livro foi, na minha opinião, ponto alto dos acontecimentos culturais do município este ano.
Ver alunos de comunidades carentes da periferia e de distritos com os olhos brilhantes grudados num livro não tem preço, ver menino como Ânderson Sodré - da Escola Florêncio Alves Bispo da Matinha - disparar seus versos em forma de aboios, pegar o berrante e puxar um lamentoso chamado sonoro (com som de berro), que faz a boiada o seguir, realmente não tem preço.
Penso que as autoridades constituídas, a prefeitura, a secretaria de educação do estado, a UEFS e a comunidade em geral, temos que juntos pensar de verdade que só com escola séria e de qualidade podemos vislumbrar luz no fim do túnel da ignorância, e a Feira de Livro (com exemplares a R$ 1,00), é um verdadeiro farol nesta luta.
Outro ponto alto da Quarta Feira do Livro foi a praça do Cordel, onde escritores e trovadores declamavam seus versos para crianças e adultos (e adultos, diga-se de passagem), vendendo suas poesias em forma de folhetos, foi muito emocionante - logo eu que pensava que o Cordel tava morto na cabeça dos mais novos.
Alguns negativistas reclamaram da Feira, da organização, da UEFS, dos escambaus, mas quando vejo estudantes com a curiosidade com um livro nas mãos, como na foto acima, todas as dúvidas, maus pensamentos e descréditos que passam pela minha cabeça de cidadão-eleitor-consumidor-contribuinte, vejo que a luz, mesmo que baixa, está acesa, é só continuarmos colocando azeite na lamparina.
Realmente, no meu modo de pensar, a Feira do Livro tem que ser repensada, para que as próximas edições tenham mais estandes, mais espaço para circulação das pessoas, mais estacionamento, melhor organização, melhor som, uma praça de alimentação maior, enfim tudo repaginado com a seta apontando pra cima. Negativistas e pensadores do pra baixo sempre vai existir, mas a única coisa que fica bonito crescendo pra baixo é rabo de égua, mas tem pouca serventia. E que os livros, entre outras coisas, razão do meu viver, nunca desapareçam, amém.
Valdenir Lima
Repórter Fotográfico/ Cursando o VI semestre de Jornalismo
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