Detido ontem (17) à noite no Aeroporto de Brasília, o empresário e jornalista Humberto da Silva Gomes, um dos investigados por denúncias de desvio de recursos no Ministério do Turismo, foi liberado pela Polícia Federal (PF) mesmo sem pagar fiança e sem que o alvará de soltura fosse expedido.
Dono da Barbalho Reis Comunicação e Consultoria, ele é o único dos 38 investigados pela Operação Voucher que ainda não havia sido detido, embora a Justiça tenha expedido, no último dia 9, mandado para prendê-lo.
O empresário tinha viajado para os Estados Unidos um dia antes de a operação policial ser deflagrada. Beneficiado por um habeas corpus preventivo na terça-feira (16), Gomes retornou ao Brasil. Ele chegou ao aeroporto da capital federal ontem à noite, chegou a ser detido por agentes federais, mas foi libertado em seguida.
O habeas corpus, contudo, estava condicionado ao pagamento de uma fiança de R$ 109 mil que, segundo a Justiça, não foi paga. Somente com o pagamento da quantia estipulada pelo juiz federal Guilherme Mendonça Doehler, o juiz plantonista poderia ter expedido um alvará de soltura, que, segundo as assessorias do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região e a 1ª Vara de Justiça no Amapá, não foi feito. “Neste momento, não temos qualquer informação”, informou a assessoria do TRF.
Segundo investigações preliminares, a Barbalho Reis é uma das empresas contratadas pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestutura Sustentável (Ibrasi) envolvidas nas denúncias de fraude no Ministério do Turismo.
Procurada, a Polícia Federal informou que está apurando o caso.
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