sexta-feira, 11 de novembro de 2011

BR 324: se paga para morrer



Texto Alberto Peixoto.
Fotos. farinhanosaco. com .br

Trafegar pela BR 324 deixa o usuário se sentindo lesado, indignado, aviltado em seus direitos de cidadão, tudo isto proporcionado pelas condições em que se encontra a referida rodovia. Esburacada, sem sinalização adequada, sem manutenção, cheia de rachaduras no asfalto, camadas da pista descascadas, soltas, são comuns em todo percurso e extensão - nos dois sentidos. Há que se tomar alguma providência o mais rápido possível, antes que esta importante via volte a ser considerada como a “Estrada da Morte”.
Espera-se que não dêem a desculpa de que os estragos foram causados pelas fortes chuvas que caíram nos últimos dias, pois os buracos já estão lá à muito tempo. Na realidade só aumentaram de tamanho e, claro, surgiram outros que a concessionária responsável pela cobrança do pedágio, insiste em tapar com borra de asfalto fazendo surgir protuberâncias – remendos de qualidade ínfima e de igual solução. Não há preocupação da concessionária em desenvolver um trabalho de manutenção de qualidade em nenhum trecho da rodovia.

Ao transitar pela BR 324, se tem a sensação de que se saiu do “terceiro mundo para o quarto” e até os ruídos do carro aumentam, sem contar o alto índice de acidentes com vítimas. Vítimas estas não só das péssimas qualidades da via, como, principalmente, do descaso por parte das entidades – públicas e privadas – responsáveis pela manutenção esta rodovia.
Até quando vamos ter que nos submeter a esta falta de respeito ao usuário, pondo em risco a vida das pessoas, em uma total falta de respeito dos nossos gestores para com os cidadãos? É para isso que se paga pedágio? Quem é o responsável pela fiscalização destes contratos milionários feitos, sabe-se lá como, com as concessionárias? Quem é o responsável em conferir o que foi acordado, de cobrar o que foi e o que deve ser feito?
É de fundamental importância identificar os responsáveis pelo acompanhamento do cumprimento do contrato; das obrigações e deveres da concessionária para que se possa oferecer o mínimo de conforto e segurança ao usuário. Do jeito que o pedágio está sendo cobrado, ou seja, sem nada ser realizado, pode se dizer até que está caracterizado em um “assalto oficializado e imoral”.
O pedágio, aliado as péssimas condições em que se encontra esta rodovia, cerceiam o direito de ir e vir do cidadão, trazendo na maioria das vezes, um transtorno para o dia a dia do usuario. Recomenda-se aos motoristas evitarem transitar à noite e manter seus veículos sempre com a manutenção em dia, observando as regras básicas de trânsito, como farol aceso, mesmo em dias claros.


Alberto Peixoto

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