De volta à Bahia, depois de uma semana em Cuba, o deputado estadual Carlos Geilson (PTN) exalta a liberdade que o brasileiro tem para sonhar com um futuro melhor. Ao lado de Álvaro Gomes (PCdoB), Aderbal Caldas (PP), Marcos Viana (PV), Gilberto Santana (PTN) e José de Arimatéia (PRB), o parlamentar conheceu um pouco do socialismo cubano, em visita a instituições de saúde, educação e esporte, além de pontos turísticos como o Museu da Revolução e a praia de Varadeiro.
Embora reconheça benefícios sociais decorrentes do regime governamental de Cuba, como a segurança pública, insignificante índice de analfabetismo e controle do tráfico de drogas, Geilson ficou surpreso com a impossibilidade de ascensão do cubano. Isso por que, conforme o deputado, o governo é dono de todos os ambientes de trabalho, empregador de toda a população e paga pouco pelos serviços. Um médico cubano, por exemplo, trabalha oito horas por dia, de segunda a sábado, domingo sim, domingo não, e ganha 570 pesos por mês, equivalentes a mais ou menos R$ 72,00. Um professor ganha em torno de R$ 25,00 e um motorista, R$ 35,00.
“O cubano vive para trabalhar, não tem condições de fazer turismo, comprar um carro, pagar por uma refeição no restaurante. O salário praticamente não existe, é mais simbólico. O governo diz que o cubano ganha bem, porque tem direito à saúde, à educação, à comida, mas, em compensação, não pode ter sonhos. Até a gorjeta que eles ganham parte vai para o governo. No Brasil existe tráfico de drogas, muitos problemas, mas não há nada que se iguale a possibilidade de sonhar. Nós podemos sonhar, eles não”, frisou Geilson.
Nenhum comentário:
Postar um comentário