terça-feira, 17 de setembro de 2013

Exposição resgata imagem do vaqueiro


A figura emblemática do boiadeiro está em evidência no Museu de Arte Contemporânea (MAC) com a exposição “Vaqueiros – Uma história de mais de três séculos”. O vernissage, na noite desta segunda-feira, 16, retrata a história do sertanejo que ajudou a construir Feira de Santana, antes mesmo dela se tornar cidade. A exposição comemorativa pelos 180 anos de emancipação política da cidade foi aberta com a presença do prefeito José Ronaldo de Carvalho; o cura da mostra, o antropólogo Washington Queiroz; os secretários Valdomiro Silva (Comunicação), Jailton Batista (Cultura, Esporte e Lazer) e Mauro Moraes (Prevenção à Violência); o reitor da UEFS, José Carlos Barreto de Santana, o artista plástico Juracy Dórea, diversos artistas, intelectuais e representantes de diversos segmentos organizados da sociedade, além do vereador Isaias dos Santos. O prefeito José Ronaldo ressaltou a importância da homenagem ao vaqueiro como legítimo representante da cultura sertaneja e o reconhecimento pela contribuição inquestionável no desenvolvimento sócio-cultural e econômico de Feira de Santana. O antropólogo Washington Queiroz destacou a necessidade de valorização do vaqueiro. Ele observou que a partir da exposição sobre vaqueiros, Feira de Santana começa a mudar o foco e passa a olhar para suas origens, valorizando seu vasto e rico repertório cultural, no qual tem como seu representante legítimo o boiadeiro. Quem for ao Museu de Arte Contemporânea terá a oportunidade impar de redescobrir as origens de Feira de Santana com a exposição “Vaqueiros”. Um farto documentário fotográfico retrata o cotidiano do velho vaqueiro encouraçado nos currais de lenha e casa de taipa, valoriza detalhes como a mão calejada da lida diária, as vestes, imagem do sertanejo solitário em meio a caatinga e a figura imponente em seu cavalo. Nos retratos também alguns momentos da vida do sertanejo, como a figura do cachorro, companheiro inseparável nas trilhas pelo mato, pela caatinga; o pôr do sol escaldante castigando o sertão, o carro de boi que corta a estrada e até mesmo a cabeça de boi, vítima da seca que castiga o semi-árido nordestino. Em meio aos intelectuais, artistas e lideranças políticas, a estrela maior da festa, vários vaqueiros do distrito de Ipuaçu, devidamente encouraçados para as homenagens. (Ronaldo Belo).

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