segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Professores ajudam a construir política de formação para educação básica

Lideranças da educação apresentam propostas de políticas de formação para educadores e gestores.

Um grupo formado por cerca de 150 pessoas, entre representantes dos Núcleos Regionais de Educação e formadores do Programa de Gestão de Aprendizagem Escolar (Gestar), estão reunidos no Gran Hotel Stella Maris, em Salvador, para conhecer e contribuir com a construção da nova Política Estadual de Formação e Desenvolvimento dos Profissionais da Educação Básica. A intenção é garantir avanços na qualidade do ensino fundamental, por meio do cumprimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação e do Decreto 8.752.

 Promovido pelo Instituto Anísio Teixeira (IAT), em articulação com a Superintendência de Políticas para a Educação Básica (Suped), ambos vinculados à Secretaria da Educação do Estado, o evento segue até esta terça-feira (29). Os itens da nova política devem ser definidos até o fim do ano, para que as ações previstas sejam implantadas já a partir de 2017.

 A valorização e o reconhecimento do educador, por meio de estímulos à formação, bem como a melhoria salarial, estão entre as prioridades da política. O diretor-geral do IAT, Severiano Alves, destaca que é impossível melhorar os índices educacionais sem estimular e preparar os professores. “Isso é constitucional”.

 Severiano explica ainda que em razão de o governador Rui Costa ter a educação como “bandeira número 1 de toda a administração” e o IAT ser responsável por “requalificar professores para a educação básica”, o Governo do Estado também deve auxiliar as prefeituras a qualificar professores para a educação infantil.

 “O MEC [Ministério da Educação] recebeu a proposta para ajudar na parte financeira da formação e está representado aqui hoje para declarar que este é um projeto viável, avançado. Para nós, é um orgulho este projeto ser modelo nacional. Vamos requalificar professores da rede pública estadual e das redes municipais para atuarem na educação infantil, [ensino] fundamental e [ensino] médio”, afirma o diretor-geral do IAT.

 Qualificação da rede estadual

 Para o titular da Suped, Ney Campello, a participação dos educadores no desenvolvimento da política reafirma o tom democrático entre Governo e profissionais da educação. “Se a gente fortalece e ouve a escola, gestores, professores e estudantes, enriquecemos o processo de elaboração da secretaria. E isso retorna em forma de serviços mais qualificados para toda a rede”.

 A diretora de formação de professores do IAT, Luciana Bloisi, é uma das colaboradores da política. Na opinião dela é primordial que educadores de todas as partes do estado contribuam com sugestões, pois cada região tem suas peculiaridades. Ela acredita que desta forma o saber se torna mais atrativo, evitando, por exemplo, a evasão escolar.

“Um dos princípios adotados por nós, na estruturação deste projeto para 2017, é a questão da interculturalidade, levando em consideração o que é importante na cultura e no cotidiano escolar”. Já na opinião da supervisora pedagógica do Gestar, professora Rosana Reis Rios, participar do processo de construção da política é um privilégio e abrirá oportunidades à categoria. “É um lugar de voz e vez do professor. Um momento ímpar na história do Instituto Anísio Teixeira e para a educação da Bahia. Um momento de transição em que pesa ao IAT voltar-se para uma política de formação muito mais abrangente. Consideramos de suma importância porque é preciso empoderar o professor, oferecer novas possibilidades e ampliar seus horizontes conceituais”.

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