“Os átomos afetados são capazes de contaminar peixes e frutos do mar. Se ingeridos, esses alimentos se tornarão fontes de radioatividade no corpo”, afirma Antônio Carlos Fontes dos Santos, professor do laboratório de colisões atômicas e moleculares da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). O tamanho do estrago vai depender do nível de contaminação do peixe. Pequenas doses de radiação causam náuseas seguidas de vômito e também afetam o sistema digestivo.
“As alterações digestivas são frequentes porque esse tecido é muito sensível”, afirma Artur Malzyner, oncologista dos hospitais Albert Einstein e Edmundo Vasconcelos. Se a contaminação for maior, a medula óssea pode ser atingida. Ela é muito vulnerável à radiação e pode causar anemia, afetando todo o sistema imunológico. “Os tecidos do aparelho reprodutor também são sensíveis, a pessoa pode se tornar estéril”, alerta o médico. Caso a ingestão de peixes contaminados continue, outros órgãos podem ser afetados. A tireoide, glândula na região do pescoço, corre o risco de desenvolver tumores malignos. Pulmões também serão atingidos. Por último, o sistema nervoso.
Fonte: iG
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