sexta-feira, 1 de abril de 2011
Fome de Luxo
Antigamente quando ouvíamos falar, ter alguém morrido de fome, criávamos uma imagem, geralmente do nordeste brasileiro, de pessoas com situação sócio-econômica desfavorável, sem condições de satisfazer suas necessidades básicas, principalmente a necessidade de ter uma alimentação, no mínimo adequada, para o seu sustento. Passa, também, em nosso imaginário, a imagem de seca, com gado cadavérico, ausência do verde na vegetação, solo rachado, rios e poços secos. Atualmente, a fome não é retratada só dessa forma. Na busca de uma beleza duvidosa e através de uma percepção distorcida de seu corpo, pessoas, principalmente no mundo feminino – geralmente, entre 15 e 25 anos, de olho nas passarelas da moda - através de um regime absurdo, correm atrás de um padrão de beleza fora do normal, que leva um bando de mulheres, sem cérebros, a deixar de se alimentar, desfigurando-as e dando-lhes a aparências de verdadeiras caveiras vivas. Segundo alguns psicólogos, essa situação é influenciada pela mídia, que impõe um estereótipo onde a magreza é um agente importantíssimo, talvez indispensável, para o sucesso econômico e social de uma pessoa. “A Fome de Luxo”, conhecida no meio clinico como “Anorexia”, é o comportamento perseverante apresentado por uma pessoa em querer manter seu peso corpóreo, abaixo da relação entre a massa física e estatura, juntamente com a visão equivocada em relação ao seu próprio corpo, levando-a a ver-se, mesmo estando magérrima, como gorda. Para o portador de anorexia, esse comportamento não é considerado errado e até recusa-se a consultar um médico especialista ou tomar qualquer medicamento. Por ser a anorexia, uma doença de origem psicológica, é muito difícil de ser tratada e obter soluções satisfatórias em curto espaço de tempo. Logo que diagnosticada, se for um caso considerado leve, o paciente deve ser submetido à terapia individual, terapia em grupo e terapia familiar. Em casos mais graves, tratamento hospitalar mais intenso. Em qualquer dos dois casos, os familiares do anorexo, devem ser muito pacientes e motivadores na sua recuperação. Texto: Alberto Peixoto.
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