Cheguei à Casa da Cidadania para fazer, como todos os dias de segunda e quarta, a cobertura das sessões ordinárias. Porém, pela segunda vez, os professores se manifestavam para reivindicar o reajuste salarial. A bancada de imprensa – muito pequena para a quantidade de jornalistas e radialistas que existe em Feira de Santana - estava lotada e eu mal consegui entrar no local. Então, como não tinha outra opção, me desloquei até o plenário, já que o adesivo me permite isso, pois informa: “É permitido a entrada para funcionários, vereadores e imprensa”. Entrei e fiquei em pé. Renato Ribeiro, chefe do setor de comunicação da Câmara de Vereadores, foi cordial e me permitiu que sentasse numa cadeira reservada para os funcionários da ASCOM, pois ninguém a ocupava. Mas Antonio Carlos Passos Ataíde, presidente da Câmara, deixou claro esta manhã que isso não procede. Os vereadores discutiam sobre o veto do prefeito Tarcízio Pimenta ao projeto que trata sobre o reajuste dos professores. Frei Cal discursava. Carlito do Peixe parou a sessão por volta das 11h para se dirigir a mim. “Peço a jornalista que se retire do plenário, pois já fiz o pedido duas vezes e ela resistiu”. Resisti a que, se ele apenas me perguntou uma vez o porquê que eu estava ali dentro, ainda quando estava em pé? Não houve diálogo, muito menos solicitação para que eu me retirasse do plenário. O presidente foi grosso, inconveniente, apressado e contraditório. Apenas fazia o meu trabalho, relatando o que acontece naquele local. Não discuti nem rebati nada que me foi dito. Portanto, sua atitude é inexplicável. Agora quero saber porque isso aconteceu. O clima de grosseria, falta de educação e violência, verbal ou física, tomou conta da Casa intitulada Casa da Cidadania. Está difícil trabalhar na Câmara de Vereadores. (Paula Macedo, jornalista do blogdafeira)
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