Texto/ Alberto Peixoto
Aqueles que escrevem estão sempre expostos à crítica, seja ela construtiva ou não. Meu ultimo texto foi sobre o Reality Show da Rede Globo o Big Brother Brassil – O BBB e o QI do brasileiro – que foi publicado em jornais e diversos sites do Estado da Bahia gerou muitos comentários, para minha satisfação, inteligentes, com conteúdos muito significativos, mas, por outro lado, tivemos – eu e o leitor – que sentir um pouco do gosto amargo da ignorância de alguns brasileiros ou, como diz Mino Carta em um dos seus editoriais para a revista Carta Capital, das trevas culturais de quem estacionou na Idade Média.
Por outro lado, também podemos analisar o nível de quem assiste a este programa pelo conteúdo ínfimo dos seus comentários, escritos de forma grosseira, sem nenhum tipo de concordância, sempre dizendo sobre o autor do artigo aquilo que na realidade são características deles. Não é de se estranhar que estes sejam os telespectadores deste tipo de programa.
Segundo Mino Carta, em um de seus muitos editoriais: “Quanto ao Big Brother, é de fonte excelente a informação de que a produção queria um “negro bem-sucedido”, crítico das cotas previstas pelas políticas de ação afirmativa contra o racismo. Submetido no ar a uma veloz sabatina no dia da estréia, Daniel Echaniz, o negro desejado, declarou-se contrário às cotas e ganhou as palmas febris dos parceiros brancos e do âncora Pedro Bial . [...]E não é que este Daniel, talvez negro da alma branca, é expulso do programa do nosso inefável Bial? Por não ter cumprido algum procedimento-padrão, como a emissora comunica, de fato acusado de estuprar supostamente uma colega de aventura global, como a concorrência divulga”.
Pelo que podemos observar, as trevas estão avançando de forma rápida e célere sobre o bom gosto, o saber e o discernimento do povo brasileiro. Que os meios de comunicação há muito deixou de ser um meio de expandir cultura e educação para se transformar numa caixa de massificação dos piores sentimentos que existem no fundo do poço de alguns seres ditos humanos. Continuo, bem como muitos brasileiros, a desejar poder chegar em casa e assistir bons programas, onde a cultura, a alegria e a informação sejam claras e limpas.
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