O estudante do curso de Física da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e bolsista CNPq, Diego Oliveira dos Santos, participou na noite de 26 de outubro de 2013 da observação remota com o telescópio Soar, de observatório brasileiro baseado no Chile. A sala de observação remota utilizada foi a do Laboratório Nacional de Astrofísica / MCTI, em Itajubá, sul de Minas Gerais.
O projeto no infravermelho próximo intitulado “Peculiar Galaxies: Hints from Near-Infrared Spectroscopy” de autoria dos professores da Grupo de Astrofísica Teórica e Observacional da Uefs (Gato), Iranderly Fernandes, Eduardo Amores, Paulo Poppe e Vera Martins, tem como objetivo estudar as propriedades do gás e da população estelar de galáxias peculiares na faixa espectral do infravermelho.
O trabalho de observação no infravermelho próximo é inédito já que este tipo de objeto astronômico não possui informações nem no espectro óptico. As observações neste comprimento de onda permitem um estudo mais profundo dos mecanismos que servem de gatilho para formação de estrelas nestas galáxias. Além disto, será possível obter medidas além do “torus” de poeira que encobre o gigantesco buraco negro central que deve existir no núcleo destes objetos.
O aluno já havia sido treinado anteriormente para a observação. O Observatório Soar, por hora, não conta mais com astrônomos brasileiros para realização de observações. Desta forma, cada pedido de tempo aprovado deve ser dirigido de uma das bases de observação no Brasil.
Feira de Santana deverá ganhar em breve uma base remota de observação para o Telescópio Soar. Diego dos Santos teve a oportunidade de comandar as observações das galáxias durante toda a noite, assistido pelo professor Iranderly Fernandes. O aluno interagiu com os técnicos de suporte chilenos, assim como calibrar e apontar para os alvos o telescópio e obter as medidas espectroscópicas. Do anoitecer ao amanhecer foram observadas oito galáxias.
Esta iniciativa dos pesquisadores do Gato e de capacitação dos bolsistas de IC em operação de telescópios introduz os alunos no seu futuro campo de trabalho. Com isto, o objetivo de formação de um profissional completo com dinheiro público proveniente das tradicionais bolsas de fomento de instituições como CNPq e Fapesp é cumprido.
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