A aparência é de adolescente, mas a atitude é de mulher consciente da responsabilidade social. Damires de Oliveira é mãe de Giovanna, seis meses de vida. Ela e outras dezenas de mulheres são "mãe de leite modernas" de várias crianças. São doadoras do Banco de Leite Humano do Hospital da Mulher. “Doar o leite que excede é algo extremamente gratificante”, afirma. “E mais importante ainda é saber que a gente está ajudando a alimentar ou a salvar uma criança”, acrescenta a jovem.
O ato voluntário não apenas enobrece, afirma a jovem dona de casa, mas é extremamente satisfatório. “É uma experiência das mais gratificantes”. Comenta que doar leite é uma atitude extremamente simples. “Não dói nem é trabalhoso”. Além disso, afirma que o fato de ser mãe de leite de várias crianças a deixa orgulhosa. São filhos do coração que toda mãe doadora tem. Giovanna, de acordo com ela, teve o leite como alimento exclusivo até completar seis meses de nascida.
Damires disse que mesmo tendo voltado ao trabalho continua doando o leite excedente. “Antes tinha uma produção de leite bem maior. Mas ainda dá para retirar para a minha filha e deixar uma parte para as crianças internadas no Hospital da Mulher”, salienta. Toda produção do Banco de Leite da instituição é destinada ao seu público interno – da UTI e do Berçário de Alto Risco.
Era chamada mãe de leite a mulher que amamentava outra criança, quando a mãe, por algum motivo, estava impossibilitada de fazê-lo. Laços afetivos eram mantidos ao longo da vida. Ao contrário de antes, a informalidade hoje é um comportamento condenado pelos médicos. O indicado é que a mulher que deseja doar procure um banco de leite, onde o produto é pasteurizado e acondicionado corretamente.
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