terça-feira, 5 de maio de 2015

Governo fortalece cadeia produtiva do leite

O seminário Cadeia Produtiva do Leite da Agricultura Familiar da Bahia reúne, até esta terça-feira (5), na Pousada Central, em Feira de Santana, representantes de cooperativas, associações e órgãos públicos das esferas municipal, estadual e federal interessadas no segmento. O objetivo é promover a articulação e fazer a escuta qualificada, tendo como meta a consolidação da cadeia. A abertura do evento contou com a presença do secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), Geraldo Reis, e do secretário de Desenvolvimento Rural (SDR), Jerônimo Rodrigues.

 O encontro, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia (SDR), através da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e da Superintendência da Agricultura Familiar, tem parceria com a União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) e o Sebrae, visando planejar ações para consolidar essa importante cadeia produtiva durante a atual gestão de Governo.

 Na abertura do evento, o secretário Jerônimo Rodrigues (SDR) falou sobre a importância da cadeia do leite, que “está presente em todas as propriedades rurais no estado da Bahia. Queremos criar a ambiência para o segmento dar um salto. A cadeia do leite já está posta, todos já sabemos da sua importância. Vamos fazer o esforço para buscar, juntos, viabilizar a estrutura, o conhecimento técnico e a articulação que faltam”.

 Aquisição de Alimentos

 O secretário Geraldo Reis (SJDHDS) ressaltou a importância do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para estimular a cadeia do leite. “O PAA tem recursos para adquirir 145 mil litros de leite/dia. O recurso está garantido, no entanto, só conseguimos adquirir em torno de 50 mil litros, um terço da capacidade do programa, em função de uma série de dificuldades da cadeia da agricultura familiar. Estamos aqui para colaborar com o segmento e fazer esse percentual crescer”, disse.

 Segundo o secretário, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) já garantiu recursos para a extensão do PAA por mais dois anos, mas cobrou a ampliação da compra do leite das cooperativas, como forma de estímulo social ao homem do campo. “É preciso tornar isso viável do ponto de vista logístico. Atualmente, temos no PAA oito laticínios vinculados a cooperativas e dez laticínios empresariais. Mas podemos chegar a ter 20 laticínios vinculados a cooperativas. Precisamos mostrar que há um planejamento conjunto para atingir essa meta, valorizando o homem do campo, sem deixar de dialogar com os médios e grandes produtores, porque sabemos que cada um tem seu papel na economia e na sociedade”.

 A superintendente de Inclusão e Assistência Alimentar da SJDHDS, Rose Pondé, também palestrou e enfatizou a importância da participação dos produtores familiares no PAA, destacando que “o programa se baseia na participação de dois atores fundamentais no processo: o agricultor familiar, que, ao ter a sua renda garantida pelo programa com a comercialização do seu produto, alcança um processo contínuo de inclusão sócio-produtiva; e o beneficiário consumidor (crianças, idosos, gestantes, nutrizes), que tem assegurado o direito constitucional de acesso à alimentação”. A superintendente explicou que, por isso, a ação se caracteriza por uma compra com doação simultânea. O tema foi de grande interesse da plateia de produtores, que solicitaram esclarecimentos adicionais e manifestaram intenções de participar do programa.

 Ainda na ocasião, o diretor executivo da CAR, Wilson Dias, apresentou o projeto Bahia Produtiva, que será o principal responsável pelas ações voltadas para o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite. Participaram ainda do evento a presidente da Unicafes Bahia, Iara Andrade, o presidente da Associação dos Produtores de Leite do Estado da Bahia (Bahialeite), Danilo Reis, representantes do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater/MDA), entre outras autoridades.

 O seminário segue durante o dia de hoje com debates sobre as problemáticas específicas da cadeia, entre elas a necessidade de estradas vicinais, preços x custos de produção, agroindústrias para absorver a produção, gestão técnica e financeira, capital de giro, concorrência com outros estados, entre outros.

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