A mostra acontece no Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira, e traz obras individuais e inéditas dos quatro artistas, que também editam juntos a revista de arte “QUANTA”.
Edson Machado nasceu em de Feira de Santana, Bahia, em 18 de abril de 1959. Dedica-se às artes visuais desde a década de 1980, em especial à linguagem fotográfica. É integrante do Grupo GEMA – Grupo de Pesquisa em Arte Contemporânea de Feira de Santana, Bahia.
Tem no currículo várias exposições coletivas. Recentemente foi selecionado para o Projeto “Portas Abertas Para as Artes Visuais”, da FUNCEB, oportunidade em que mostrou seu trabalho no Centro de Cultura de Alagoinhas, Bahia. Participou de diversos Salões Regionais do Estado da Bahia e da Bienal do Recôncavo, em São Felix, Bahia.
Com o olhar maduro de quem domina a linguagem fotográfica, Edson Machado ocupará uma das salas do museu, apresentando a obra intitulada “IMPERMANÊNCIAS”, que provoca reflexões do público acerca das coisas findáveis da vida.
George Lima nasceu em Feira de Santana, Bahia, em 30 de Janeiro de 1967. Cursando Letras Vernáculas, dedica-se às artes visuais desde a década de 1990 e também é integrante do Grupo GEMA.
A sua trajetória artística é marcada pelo caráter investigativo sobre as várias possibilidades visuais contemporâneas, recorrendo a diversas linguagens como: pintura, desenho, escultura, instalação e fotografia.
Ao longo de sua carreira, o artista participou de várias mostras coletivas; realizou exposições individuais na Galeria de Arte Carlo Barbosa, em Feira de Santana e no Museu Galeria Caetano Veloso, na Cidade de Santo Amaro da Purificação, Bahia; participou de diversos Salões Regionais do Estado da Bahia e da Bienal do Recôncavo, em São Felix, Bahia.
George Lima participará da exposição com a obra intitulada “PARTITURA”, em que se apropria de uma série de objetos do cotidiano, manipulando-os e deslocando-os para o contexto de arte, imbuído do propósito de explorar o status ambíguo de serventia desses objetos.
A artista visual argentina Nora Dobarro refere-se ao trabalho de George Lima da seguinte forma: “...dúvidas da contemporaneidade! um deslocamento, vários, algo que sobe desde o olhar quieto, algo que remexe atrás de algo que se afunda, superposição, relato do passado no presente, a dualidade se transforma em metáfora, uma e outra vez uma zona da realidade se separa, se parte, se racha, e em pedaços....va con-formándose em imagens, em repercussões, em obras..”.
Juraci Dórea nasceu em Feira de Santana, Bahia, em 15 de outubro de 1944. Diplomou-se em arquitetura pela Universidade Federal da Bahia em 1968. Vem se dedicando às artes plásticas desde o começo da década de 1960.
Apresenta uma obra bastante diversificada, envolvendo pintura, desenho e escultura. Todas essas facetas do seu trabalho têm como referência a cultura sertaneja, cujas marcas ainda podem ser identificadas na região de Feira de Santana, onde o artista reside.
Na década de 1980, integrou o Projeto Nordeste de Artes Plásticas, que reuniu 12 artistas da Bahia em exposições e atividades culturais realizadas em todas as capitais do Nordeste.
Em 1982, participou de um concurso público, instituído pela Fundação Cultural do Estado da Bahia, com a proposta denominada Projeto Terra. O projeto, que foi um dos premiados, tinha como objetivo levar, para lugares diversos do sertão da Bahia, grandes esculturas, construídas em couro e madeira.
Em finais de 1983, o Projeto Terra recebeu uma bolsa de trabalho concedida pelo Instituto Nacional de Artes Plásticas, da Funarte, através do concurso Ivan Serpa. Com este prêmio, o projeto, que na primeira etapa havia alcançado Feira de Santana e Monte Santo, estendeu-se também até Canudos, Raso da Catarina e Euclides da Cunha.
Em 1988, o Projeto Terra foi um dos escolhidos para representar o Brasil na 43ª Bienal de Veneza, Itália.O currículo do artista conta com numerosas exposições, realizadas no Brasil e no exterior, entre as quais: Circuito das Artes 2009, Palacete das Artes (Rodin), Salvador, Bahia (2009); Paisagem Nordestina, Centro Cultural Correios, Salvador, Bahia (2008); Cenas Brasileiras, Caixa Cultural Salvador, Bahia/ Galeria D. Pedro II, Caixa Cultural São Paulo, São Paulo (2007); 14 Fragmentos Contemporâneos II, Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, Bahia e Galeria 57, Leiria, Portugal (2005); Bahia à Paris – Arts Plastiques d´Aujourd´hui, Galeria Debret, Paris, França (1998); 3ª Bienal de Havana (1989); 43ª Bienal de Veneza, Itália (1988); 19ª Bienal de São Paulo, São Paulo (1987); IV Salão Nacional de Artes Plásticas, MAM, Rio de Janeiro (1982).
Com a obra intitulada “CONCERTO PARA RAPOSAS E VIOLONCELO” Juraci Dórea ocupa outra sala do museu e recorre mais uma vez a suportes efêmeros, buscando investigar novas possibilidades plásticas oferecidas por materiais comuns no meio em que vive. Matilde Matos teceu as seguintes considerações a respeito da obra apresentada: “Exacerbando no naturalismo da proposta, o artista traz o produto orgânico dos bois, com toda a gama que ele agrega: a fauna minúscula que o estrume alimenta, pedregulhos, folhas secas, uma plantinha que consegue vicejar, numa incrível sucessão de texturas e formas de inegável atração”.
Maristela Ribeiro nasceu em Feira de Santana, em 18 de maio de 1960. É mestra em poéticas visuais e graduada em artes plásticas. Seu trabalho artístico aborda o diálogo poético com experimentações oriundas das linguagens visuais contemporâneas.
Desde meados dos anos 90, Maristela participa com freqüência de coletivas, salões e bienais na Bahia, em outros estados brasileiros, assim como, em outros países, tendo recebido diversos prêmios e menções.
Entre 2004 e 2006, apresentou trabalhos em que levantou questões sobre a problemática da mulher do ponto de vista histórico, resultando na mostra individual “Fendas e Frestas”, que foi apresentada nos Conjuntos Culturais da Caixa em Salvador, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e no Centro Cultural Recoleta, em Buenos Aires.
Em 2006, a artista foi contemplada com Mérito para Publicação do livro Fendas e Frestas: a mulher, da contemplação à interlocução, pela FAPESB e EDUFBA.
Em 2007, recebeu o Prêmio Sacatar para Residência Artística Internacional, durante dois meses, com artistas oriundos da Alemanha, EUA, Síria e Canadá.
Em março de 2008, fundou (e coordena até a presente data) o Grupo de Pesquisa em Arte Contemporânea – GEMA, coletivo formado por artistas, estudantes e pesquisadores, que se propõe a operar procedimentos e intervenções urbanas, de modo investigativo e experimental, através de processos artísticos contemporâneos.
Em 2010, o Coletivo GEMA ganhou o Prêmio Fundação Cultural do Estado da Bahia.Para ocupar mais uma das salas na exposição ”Pontos Cardeais”, Maristela Ribeiro escolheu levar “OS CONVIDADOS”. São pessoas imaginárias que chegam de todas as partes, traçando rotas na cena cotidiana, desenhando, dessa forma, um mapa em um espaço primordialmente urbano.
A mostra ficará aberta à visitação pública no Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira até o dia 15 de junho, em horário comercial.
George Lima
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