Por Alberto Peixoto
Infelizmente a História do Brasil é recheada de “Carlinhos Cachoeiras, Demóstenes Torres” entre outros bandoleiros do mesmo quilate. Pode-se até dizer que o Brasil é um País sem história ou, um País onde a história é alicerçada nas bandalheiras e nos atos corruptos de “grande parte” – sem generalizar - dos seus políticos. Na realidade, um conjunto de fatos e atitudes notáveis, envolvidos por um mar de lama.
O nível de atitudes sórdidas espalhadas por Carlinhos Cachoeira e seus comparsas, atinge a números incomensuráveis. É uma coisa espantosa! Parece até que todos neste País estão envolvidos em alguma falcatrua! Criou-se, infelizmente, uma verdadeira cultura de que todos são ladrões e que ninguém vai para a prisão, criando um fenômeno deveras incômodo para os honestos que ainda sobrevivem aos trancos e barrancos.
O ano de 2012 está sendo arrasador para a política brasileira. Em nível de sujeiras começaria com o julgamento do “Mensalão”, que daria ao cidadão a falsa impressão de que, em termos éticos, as coisas estavam entrando nos trilhos. Porém, como é de costume no Brasil, surgiu mais um novo escândalo envolvendo o bicheiro Carlinhos Cachoeira, o Senador Demóstenes Torres e sua “trupe”, dando lugar a mais uma CPI que pode trazer bons resultados para o País, ou muito ruim, devido a possibilidade de se configurar em uma crise institucional de grandes proporções jamais vista na frágil história da política nacional.
Por outro lado, pode ser uma boa oportunidade para se desvendar os “Mistérios do Mensalão”, um dos diversos escândalos mais bem absorvido pelo povo brasileiro trazendo resultados trágicos, não só para a política, como para a imagem do Brasil no exterior. Os que realmente torcem por um País Soberano, com certeza, esperam que ocorra uma reviravolta nesta atual situação política caótica, e que tudo isso se transforme em um Tsuname Político possibilitando que a justiça seja realmente aplicada.
Também envolvido no Mensalão, Carlinhos Cachoeira já está sendo considerado por alguns – com certeza da sua laia – como o homem do ano 2012, inclusive, no último final de semana, foi noticiado pelos principais veículos de comunicação que o desembargador Fernando Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, tinha deferido o pedido de “habeas corpus” ao bicheiro e meliante (felizmente ele continuou preso). Por outro lado, o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, que mandou prender Cachoeira, foi afastado do cargo. Esta troca de comando ás vésperas do recesso do Judiciário no próximo mês de julho e no decorrer das investigações, com certeza vai atrasar o andamento do processo, delongando o julgamento do caso que estava marcado para o dia 1º de junho do ano em curso – atitude inusitada e que deixa o povo com a pulga atrás da orelha!
Infelizmente estes escândalos devem durar por muito mais tempo, visto que estes fatos, não são privilégios dos políticos dos tempos atuais. O primeiro ato de corrupção neste País foi praticado nada mais, nada menos, do que por D Pedro I, quando pagou uma propina de £ 2.000.000,00 (dois milhões de libras esterlinas) ao seu pai, D. João VI, rei de Portugal, para conceder a Independência ao Brasil. Como D. Pedro I não tinha esta fabulosa quantia e muito menos o Brasil poderia tê-la, o Rei da Inglaterra concedeu um empréstimo ao Monarca brasileiro – empréstimo este, que nunca foi pago - tornando-se um dos elementos complicadores para a dívida externa do país que ali se iniciava de mãos dadas com a corrupção.
Escritor Alberto Peixoto
É fundamental que a sociedade e os “políticos honestos”, coloquem a prevenção contra atos de corrupção como objetivo essencial, vedando ralos por onde escoam a falta de conduta ética e dar mais ênfase à mobilização em prol da “Ficha Limpa”, mudando a imagem não só dentro do País como no exterior.
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