sexta-feira, 1 de junho de 2012
Mil Pedaços
A estudante e poetisa Yasmim Camardelli lança seu mais novo livro de poesias “Mil Pedaços” pela Editora Òmnira, dia 2 de junho, às 17 horas, no Colégio Oficina (Av. Miguel Navarro Canizares, 423 – Pituba, em Salvador), a obra tem a apresentação do professor e poeta André Guerra e capa ilustrada por Carolina Belisário.
Yasmim desde muito pequena demonstrou extrema sensibilidade para compreender o outro, profunda compaixão para com a dor alheia e grande preocupação com o bem-estar social. As injustiças e o sofrimento humano sempre a incomodaram, tanto que se tornou corrente entre a família dizer-se que “não é justo”, era a cara dela. Pouco a pouco ela foi externando esses sentimentos interiores através da escrita, até que chegou a linguagem poética. Em 2006, com apenas 12 anos de idade lançou seu primeiro livro “Vida em Versos” pela Editora Helvécia (já esgotado). Hoje, seis anos depois desponta novamente poetizando sentimentos, costurando versos, denunciando injustiças, relacionando fatos e buscando solução para acontecimentos que diante da sua idade tenho certeza, ira incomoda-la ainda por muitos e muitos anos e livros.
Em “Mil pedaços” a autora reparte moldes da sua visão, quebra paradigmas em partículas, despedaça versos, divide sua responsabilidade com o próximo, na construção de dias melhores para com o seu aprendizado humanístico e social. “Seu jeito de fazer poesia nos faz crer que a vida é uma promessa e que podemos concretiza-la” disse Débora Miscow Coutinho, quando prefaciou a sua primeira obra, e até hoje ela segue a risca seus moldes pensantes, crescendo na sua generosidade e não se prendendo ao cotidiano da miséria proporcionada pelo sistema.
A jovem demonstra um olhar agudo sobre a realidade que a cerca, o que se demonstra na sua paródia ao hino nacional, no fortíssimo poema “sombra do homem”, em “desvendando horizontes” ou no seu premiado poema “quero falar de crianças”. Sua exposição de motivos, sua tomada de posição, seu grito pelas dores do mundo salta aos olhos nos versos: “As minhas mãos choram palavras/Cortantes lâminas afiadas”. “Nesse regozijante e doloroso caminho, resta à delicada e poderosa vate encontrar a palavra como deslimite, pois para a palavra não há limite, assim como não há limite para o seu talento”. Como escreveu o professor André Guerra na sua apresentação.
Por Alberto Peixoto
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