Com investimento de R$ 25 milhões, o grupo mineiro Qualitrafo escolheu o município de Irará, a 130 quilômetros de Salvador, para implantar a sua primeira fábrica no Nordeste, tendo a perspectiva de faturamento anual de R$ 70 milhões. A unidade baiana vai gerar cerca de 180 empregos diretos na fabricação de componentes eletromagnéticos, como para-raios, reatores para iluminação pública e condutores elétricos.
A operação deverá começar em setembro numa estrutura provisória de 1.500 metros quadrados enquanto não são iniciadas as obras da fábrica, que terá 30 mil metros quadrados, dos quais 10 mil de área construída. “Vamos dividir a produção inicial em três fases”, informa o engenheiro elétrico e presidente da Qualitrafo, José Gilberto de Melo.
“Vamos iniciar com para-raios de média tensão para instalação na rede pública, depois reatores para iluminação pública e, por fim, condutores elétricos. Estamos também desenvolvendo pesquisas com células fotovoltaicas voltadas para energia solar, que poderão ser a razão de expansão futura na Bahia”, explica o engenheiro.
Fornecedor de empresas de energia elétrica como a Celpe e a Coelba, Melo diz que o foco da produção da fábrica de Irará será o atendimento ao consumo do Norte/Nordeste. “É um mercado que movimenta anualmente em torno de R$ 700 milhões, e há curva crescente na demanda porque a rede de energia precisa, cada vez mais, se expandir ou se tornar eficiente”, explica o presidente da empresa, que tem matriz em Minas Gerais.
Também engenheiro elétrico, o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, afirma que a instalação da Qualitrafo pode consolidar a cadeia produtiva do setor na Bahia, reforçada pela implantação de empresas de componentes da área de energia elétrica, como Alstom, Gamesa, Tecsis, Acciona e Torrebras. “É muito importante a chegada de uma empresa como a Qualitrafo porque adensa e diversifica ainda mais o parque industrial baiano de componentes”.
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